Páginas

domingo, 18 de janeiro de 2009

Castelo.

O castelo sem rei. Perto, uma fogueira que aquece aquilo que já à muito gelou. Fugir para longe de tal lugar é a escolha certa, mas magoa. Perdoar, sim. Esquecer, nunca.
É possível perder horas perto do lume, mas aquele lugar apenas te dirá o que não é verdade, e o coração não pode sentir aquilo que não existe. O comboio já passou e não há como voltar. É escusado voltar para trás da muralha e fingir que o reinado está de pé pois este partiu à muito e levou o tempo e o sentimento. Podia dizer muita coisa, mas mais de metade não seria verdade. Por isso restrinjo-me ao silêncio absolutamente mentiroso que abraça o oasis pela última vez, magoando a alma.
Resta brincar com as asas quebradas e tentar construir uma nova monarquia naquele spot. Chegará o ponto em que surge a duvida O que estou a fazer?, mas o certo é pesar a terra que ainda ficou e o sol que virá no fim desta longa noite.
Como arranjar coragem para admitir que aquela terra já não tem o valor que tinha no início? Como tomar consciência que a venda do castelo pode ser a opção correcta a tomar sabendo que se pode passar de cavalo para burro? Tudo depende do burro. E da sorte.
Arriscar.

1 comentário: