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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

As avós e o enfardanço

          Se há coisa que eu não entendo é a necessidade que as avós (e avôs, alguns) têm em ver-nos assim com uma forma muito semelhante à de uma elefanta grávida de uma baleia. Nunca comemos o suficiente para eles, nunca. Se o meu pequeno almoço é um copo de sumo de laranja natural e uma torrada, falta lá um croassaint, um pastel de nata, um iogurte líquido, cereais e um copo de leite.
         A situação é tão grave que já chegou ao ponto de me ser entregue no quarto um prato com oito pães! Oito! Mas quem é que como oito pães num dia? Quanto mais a um lanche. E eu esforço-me por entender este fenómeno da adoração das avós pelo comer, mas não consigo encontrar uma razão lógica para tal facto. O certo é que a minha mudança de cidade e casa me está a custar largos quilos. Temo pela minha saúde. E estética.